DIAS
DE PAZ
Inebriados
dias
Em
que se reinou a paz.
Volúvel, volátil
Ficou para trás.
Tranquilo, calmo
Branco, brisa, leve
Livre, pomba
Sorriso, família, neve.
Não obstante,
Assim era a paz
Hoje fúria, raiva, sequestro
A paz aqui jazz.
Alegria versus conflito
Amor versus ódio
Beleza versus tristeza
Restam sombras, cicatrizes, lágrimas e riqueza
Em sete dias na construção do mundo
A paz e bênçãos se deram
Serpente, Caim, Abel e o imundo
No jardim do Éden rebelam
A paz vem de dentro
Paz interior, paz consigo
Em casa paz é segurança, ter amigo
Mesmo em casa, corres perigo
Dormes com o inimigo.
Paz, consolo de muitos
Alívio de poucos
Será a paz meramente utopia
Neste mundo de crise, guerras, pandemias?
Ou será loucura, falta de juízo?
Será obsessão, mero apreço?
Esmero, impossível?
Simplesmente não conheço
Eis então a pergunta que não quer calar
O que se espera
Aonde quer chegar?
Será que isto tudo que vivemos,
Drogas,
crimes terão fim
Soluços, miséria, ao avesso
Se Deus é por mim
E por nós, a paz eu mereço.
HAENDER
ROSA SILVA (Nova Lima - Minas Gerais)
PSICÓLOGO
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