Maricá/RJ,

Festival Integrante de La Red Nuestra América de Festivales Internacionales de Poesía.


PAZ


PAZ

Repicam os sinos, é domingo, ao longe as pessoas se encaminham para a igreja. Distância: memória. Dentro de minha alma abrem-se os contornos de um tempo, distante como o repicar dos sinos e as vozes das pessoas. Voo nas asas do sonho e da saudade, e me vejo criança. 
Retorno no tempo e me vejo forte, sonhadora, capaz de mudar o mundo e perseguir os meus desejos. O tempo é amigo do homem, vai, carrega em seus braços a vida, mas nos deixa a memória. Ele enruga a face, diminui as energias, leva a alegria, mas deixa a memória.
Sinto o meu peito palpitar, encher de energia e através das lembranças: que bom lembrar! Lembrar das pessoas que se vão, das que ficam e se distanciam, das que perdemos o contato, das que não querem mais nos ver, das que não queremos mais ter. Que bom ter na alma a presença dessas imagens. 
Paz! 
É isso que invade o meu ser. Paz de ter a consciência tranquila, a sensação de missão cumprida, a certeza da justiça feita.
Nada me rouba essa paz. Nem as bombas que insistem em cair nas guerras produzidas por nós, nem nas notícias de violência e abandono, nem a descrença das mentes que caminham na rua, nem ...
Paz...

ZOI LIBONI COUGIAS ROSSINI (Nova Lima - Minas Gerais)
PROFESSORA

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